Morreu primeiro governador da província do Bengo

O primeiro governador da província do Bengo, Manuel Lopes Maria “Ximutu”, numa das unidades hospitalar de Luanda, vítima de doença.

Natural do município de Nambuangongo, província do Bengo, Manuel Lopes Maria “Ximutu” nasceu em Setembro de 1922, tendo ingressado no MPLA, na primeira região político-militar.

Ximutu, como era carinhosamente chamado, exerceu ainda as funções de activista político, na clandestinidade e na guerrilha, ocupando o cargo de primeiro secretário do Comité Provincial do MPLA do Bengo e deputado da Assembleia Popular e Nacional.

Manuel Lopes Maria “Ximutu” foi o primeiro governador, na altura sob a designação de comissário, a dirigir a província do Bengo, no início da década 80.

A província do Bengo conheceu outros governadores, além de Manuel Lopes Maria “Ximutu”, tal como o General "Facho", General "Foguetão", Ventura de Azevedo, Domingos Hungo "SKS", Isalino Mendes e Jorge Dombolo.

O oitavo governador a dirigir a província é João Bernardo de Miranda.

A província do Bengo, criada a 26 de Abril 1980, com cerca de 500 mil habitantes é potencialmente agrícola, tendo 41 mil quilómetros quadrados de extensão, bem como oito municípios e 32 comunas.

EMPOSSADO NOVO GOVERNADOR

O ministro da Administração do Território, Virgílio de Fontes Pereira, procedeu hoje, sexta-feira, em Caxito, a apresentação do novo governador da província do Bengo, João Bernardo de Miranda, aos membros do governo e a população local.

Na sua intervenção, Virgílio de Fontes Pereira pediu a colaboração, compreensão e paciência da população do Bengo, para que o novo governador possa prestar um trabalho dignificante e contribua para o desenvolvimento económico, social e cultural da província.

O ministro da Administração do Território considerou acertada a nomeação de João Miranda, destacando o desempenho profissional e político do novo governador da província do Bengo.

Aos membros do governo, o titular do MAT recomendou que auxiliem o novo governador, criando uma equipa forte na liderança dos destinos da província do Bengo, tendo em vista o desenvolvimento da região e a melhoria das condições de vida da população.

Virgílio de Fontes Pereira manifestou, por outro lado, o seu reconhecimento ao trabalho efectuado pelo governador cessante, Jorge Inocêncio Dombolo, durante o tempo que esteve a dirigir a província do Bengo.

Na sua despedida, o governador cessante, Jorge Dombolo, agradeceu o carinho, a confiança e o apoio da população durante o seu mandato, augurando melhores dias aos habitantes do Bengo agora sob a liderança de João Bernardo de Miranda.

João Bernardo de Miranda foi nomeado pelo Presidente da República no dia 17 de Novembro para o cargo de governador da província do Bengo, substituindo Jorge Inocêncio Dombolo.

Até ao momento da sua nomeação, João Miranda, exercia o cargo de Deputado e enviado especial da União Africana, para o processo de paz na Guiné-Bissau.

SINISTRALIDADE NAS ESTRADAS

De Janeiro a Novembro de 2009, a policia nacional no Bengo registou a ocorrencia de 220 choques entre veiculos automoveis, 193 capotamentos, 93 atropelamentos, 77 despistes, 34 choques contra obstaculos fixos, e 10 choques entre veiculos e velocipedes, num total de 627 acidentes de viaçao que contribuiram para a morte de 145 pessoas, o ferimento de 930 outras e danos materiais avaliados em kzs 121.109.700.00.

Os acidentes representam uma media diaria de 2,6 enquanto que os choques entre veiculos automoveis, capotamentos e atropelamentos tiveram uma média diária de 0,7; 06 e 03 respectivamente.

Dos acidentes registados destacam-se: o choque entre veiculos automóveis ocorrido no troço rodoviario km44/ catete com 07 mortos e 15 feridos; o choque entre veiculos automoveis ocorrido no troço caxito-açucareira com 04 mortos e 06 feridos; o capotamento ocorrido no troço rodoviario caculo cahango-caquengue com 03 mortos e 13 feridos; do total dos acidentes ocorridos os municipios do icolo e bengo e dande representam 17 e 50% respectivamente.

os dias da semana mais visados sao: sexta, sabado e domingo. As causas giram em volta do imcumprimento escrupuloso das regras gerais do codigo de estrada e do regulamento do transporte rodoviario; ultrapassagens irregulares; excesso de velocidade; falta de travoes e de iluminaçao publica e conduçao em estado de embriagues.

CARACTERSTICAS GERAIS

Bengo é uma província de Angola, localizada no norte do país. A capital da província é a cidade de Caxito, no município de Dande. Tem cerca de 500 mil habitantes e 41 000 km². É composta por oito municípios: Ambriz, Dande, Ícolo e Bengo, Nambuangongo, Quiçama, Dembos, Pango Aluquém e Bula Atumba. Foi criada em 26 de Abril de 1980 por desagregação da província de Luanda.

Surgiu no mapa geográfico somente em 1980, após a divisão da província de Luanda pelo decreto-lei 3/80 do Conselho da Revolução. Província que contorna a Província capital de Luanda, encontra o oceano a oeste, as províncias do Zaire e do Uíge a norte, do Kwanza Norte a leste e do Kwanza Sul a sul. A sua capital, Caxito, situa-se 55km a norte de Luanda. Clima, essencialmente influenciado pelo oceano, tem a floresta­ savana como vegetação dominante. O Bengo é auto-suficiente no que refere à actividade agríco­la. Produz mandioca, abacateiro, ananaz, feijão, mamoei­ro, sisal. palmeira-de-dendém, cana-do-açúcar e produtos hortícolas.

A província de Bengo, padecendo directamente dos efeitos da guerra e, consequentes deslocações populacionais, sofreu a destruição e o saque de várias infra-estruturas, tais como habitações, pontes, unidades sanitárias e escolares, sistemas de abastecimento de água e de energia, entre outras. Para solucionar tais problemas, a região beneficia já de projectos de reabilitação e de formação, nomeadamente, para professores, como o projecto Escola de Professores do Futuro (em Caxito), e Escola de Artes e Ofícios para mulheres (em Ambriz), projectos com os apoios da ADPP (Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo), de organizações não-governamentais e de empresas.

A província de Bengo, padecendo directamente dos efeitos da guerra e, consequentes deslocações populacionais, sofreu a destruição e o saque de várias infra-estruturas, tais como habitações, pontes, unidades sanitárias e escolares, sistemas de abastecimento de água e de energia, entre outras. Para solucionar tais problemas, a região beneficia já de projectos de reabilitação e de formação, nomeadamente, para professores, como o projecto Escola de Professores do Futuro (em Caxito), e Escola de Artes e Ofícios para mulheres (em Ambriz), projectos com os apoios da ADPP (Ajuda de Desenvolvimento de Povo para Povo), de organizações não-governamentais e de empresas.

A maioria da população desta província configura o complexo sócio-cultural Ambundu. São locutores do Kimbundu, característica que partilham com os seu parentes mais próximos que habitam outros espaços mais precisamente nos limites que conformam por exemplo as províncias de Luanda, Kwanza-Norte, Kwanza Sul, com as quais faz fronteira. A norte a província do Bengo faz fronteira com as províncias de Uíge e Zaire. Província muito bem localizada, junto à capital e ao oceano, terá certamente um grande futuro como destino turístico.

BIOGRAFIA DE JOAO BERNARDO DE MIRANDA

João Bernardo de Mirada nasceu na comuna de Quicabo, município do Dande, província do Bengo a 18 de Julho de 1952. É licenciado em Direito e detentor de um certificado de estudo superior de jornalismo. Após o seu regresso do exílio é colocado em Luanda no DOM/NACIONAL (Departamento de Organização de Massas Sociais do MPLA) na delegação central da Vila Alice. Ao mesmo tempo colabora no departamento de informação e Propaganda do Partido, DIP, antes de ser colocado na Rádio Nacional de Angola depois de uma efémera passagem pelo jornal vespertino Diário de Luanda, em véspera de Independência. Chefiou a Redacção do Departamento de Informação da Rádio Nacional. Em 1980 é nomeado Chefe de redacção do jornal de Angola, então única publicação diária do País. Em 1983 é eleito na terceira conferência municipal do partido para a comissão executiva do MPLA no município da Ingombota (Luanda) e dirige o Departamento de Esfera Ideológica. Em 1986 é chamado para o aparelho central do partido e nomeado chefe de divisão dos assuntos jurídicos no departamento dos órgãos estatais e judiciais do Comité Central do MPLA. Em 1988 é nomeado Director do Departamento de Informação e Propaganda do Comité Central Do MPLA, então órgão administrador e supervisor de toda comunicação social em Angola. Defendeu o desmembramento dos órgãos de informação do país da directa tutela do partido, tendo concebido e organizado depois de aprovada pela direcção do partido a criação do ministério da informação, do qual viria a ser nomeado em 1990 vice ministro. Em 1991 é nomeado vice ministro das relações exteriores, no mesmo ano, e enquanto vice ministro da informação, fez parte da delegação do governo as conversações de paz com a UNITA realizadas em Portugal, das quais brotaram os célebres acordos de paz para Angola, comummente designados por acordos de BICESSE. Em Outubro de 1993 chefiou a delegação do governo as conversações exploratórias com a UNITA realizadas na capital Zambiana, conversações essas que deram lugar as negociações propriamente ditas que culminariam com a assinatura a 20 de Novembro de 1994, na mesma cidade, do protocolo de Lusaka. Nas primeiras eleições gerais democráticas de Angola (Setembro de 1992), o MPLA fê-lo eleger deputado pelo círculo nacional da província do Bengo. Em 1999 foi nomeado ministro das Relações Exteriores, cargo que exerceu até 2008, depois de ter sido exonerado do cargo de ministro, neste mesmo ano nas eleições de Setembro, foi eleito novamente deputado pelo circulo nacional. Em 2009 antes de ser nomeado governador provincial do Bengo, João Miranda foi indicado a exercer a função de enviado especial do presidente da comissão da união africana para a Guine Bissau.

Detentor de carteira profissional internacional de jornalista, João Miranda é Membro fundador da União dos Jornalistas Angolanos e da associação dos Juristas Angolanos.

ETINERARIOS

Para Visitar

Igreja Nossa Senhora da Muxima

Bastante conhecida, foi construída no Séc.XVI. de arquitectura simples.

Fortaleza da Muxima

Marca deixada durante a luta entre os portugueses e holandeses, foi construída no Séc. XVI e está situada no cimo de um monte atrás da Igreja de Nª Sra. da Muxima.

Reserva Florestal de Kibinda

Tem como tipos de vegetação a Floresta húmida de nevoeiros, floresta cafeeira secundarizada, mosaico de savana zambeziaca e outros, distribuídos por uma área de 100 Km².

Parque Nacional da Kissama

Elevado a Parque Nacional em 1957, desde 1938 foi estabelecido como reserva de caça. No interior do parque encontram-se animais como macacos, pacaças, golungos, elefantes, gungas, nunces, entre outros, além de tartarugas marinhas e aves aquáticas na orla costeira. É um dos maiores de Angola, com uma área de 990.00 hectares e está em curso um projecto de repovoamento animal.

Ruínas:

Fostuir da Kissama

Farol de Cal de Bom Jesus

Antiga Residência do Chefe de Posto do Bom Jesus

Antiga Igreja de Jesuítas da Barra do Dande

Sítio Arqueológico do Ambriz.

Por Municípios:

• Município do Ambriz

Fortaleza do Ambriz, século XVIII, assegurou durante muito tempo o negócio clandestino de escravos. Classificados por despacho n.º 42/92, de 8 de Julho.

Casa dos Escravos, século XVII e XVIII, o edifício serviu de paiol e no século XVIII reconstruído servindo de casa de trânsito dos escravos. Classificada por despacho n.º 46/93, de 10 de Novembro .

Antiga Câmara Municipal, séculos XIX e XX, classificada por despacho n.º 26/95, de 18 de Abril Igreja de São Jorge, construída em 1858 e classificada por despacho n.º 14/97, de 18 de Abril. Zona Histórica do Ambriz, é o núcleo urbano da antiga Vila do Ambriz. Classificada por despacho n.º 14/97, de 18 de Abril.

• Município do Dande

Igreja da Nossa Senhora da Santa Ana, século XIX, construída em 1885. Classificada por despacho n.º 8/97, de 18 de Abril.

Challet, séculos XIX-XX, situado na Açucareira, actualmente é a sede do Governo da Província do Bengo. Serviu de local de tortura e cárcere aos que opunham ao trabalho forçado. Classificado por despacho n.º 9/97, de 18 de Abril.

• Município de Icolo e Bengo

Localidade de Kaxicane, local onde nasceu o primeiro preseidnete da República, Poeta e Médico, António Agostinho Neto. Classificado por despacho n.º 45/97, de 17 de Setembro.

• Município da Quissama

Fortaleza da Muxima, século XVI e XVIII, local onde foram travadas batalhas entre portugueses e holandeses (1541-1648). Classificada pela Portaria n.º 2 (Boletim Oficial n.º 1, de 12 de Janeiro de 1924).

Igreja da Muxima, século XVIII, classificada pela Portaria n.º 2 (Boletim Oficial n.º 1, de 12 de Janeiro de 1924).

Zona Histórica da Muxima é o núcleo urbano da antiga vila da Muxima. Classificada pela Portaria n.º 9354 (Boletim Oficial n.º 9, de 8 de Fevereiro de 1956).

• Morro do Twenze

(Sanza dya Mongwa), local onde era feita a extracção do sal-gema. Classificada por despacho n.º 95/2000, de 26 de Maio.

Praias

Barra do Dande e… no município do Dande

Cabo Ledo, no município da Quissama

Kinfuca e…. no município do Ambriz

Rios e Lagoas

Rios Kwanza, Dande, Zenza, Loge e Onzo

Lagoas da Ibêndoa, Úlua, Morima, Quilunda.

Viagem e Estadia

Documentos necessários: Passaporte e visto (válido por 2 mês e permite duas entradas)

Vacinas: Febre amarela é obrigatória


COMO CHEGAR

O Caxito possui um aeroporto de pequena dimensão para aviões de pequeno porte. Pode aceder à província por via marítima através do Porto do Ambriz e pela Barra do Dande. Em termos de acessos rodoviários, o Bengo liga todo o país à capital Luanda e tem vias de acesso para todos os pontos da província.

ALOJAMENTO

Nos municípios do Bengo existem algumas pensões, na Barra do Kwanza e no Parque Nacional da Kissama existem infra-estruturas com bungalows.

Parque Nacional da Quissama

Tel: +244 222 440 855

Tel: +244 923 589 879

ALIMENTAÇÃO

Existem opções em quase todos os municípios. Um dos pratos típicos é feito com o Cacusso (ou Kakusu), peixe de rio, que é acompanhado com feijão de óleo de palma.

ONDE RELAXAR

Pode desfrutar de belas praias na Província do Bengo, como as de Cabo Ledo, Pambala e Ambriz e, ainda, visitar a Barra do Dande, Barra do Kwanza e as Lagoas de Ibendóa, Cabiri e Ulua do Sungui.

ONDE DIVERTIR-SE

No Caxito pode encontrar algumas opções de discotecas e um centro de lazer.

FESTAS E EVENTOS

As mais populares são as festas da cidade do Caxito a 24 de Abril, a Festa de Nossa Senhora da Muxima, a 3 e 4 de Setembro e a Festa da Kianda (sereia), a 26 e 27 de Julho, na lagoa de Ibendóa.. Celebram-se, também, as festas do Kilombo e as festas de Mbembe Kiba.

ONDE COMPRAR

Esta província tem diversos tipos de artesanato feito com matérias-primas como o bordão, o bambu, o pau-preto, o caniço, osso, etc.

PRÁTICA DE DESPORTOS

A variedade de rios existentes, como o Bengo, o Dande, o Kwanza, o Longa e o Onzo permitem a prática da pesca, o que acontece também no Ambriz.

ITINERÁRIOS

O Parque Nacional da Kissama, a cerca de 120Km a sul de Luanda, com uma extensa biodiversidade animal e vegetal é um dos maiores atractivos da província do Bengo, bem como o rio Kwanza, propício para passeios de barco e pesca desportiva, actividade não muito explorada em Angola. Saindo de Luanda, pela estrada de Viana, passando por Catete, a cerca de 60 km, localiza-se o Bom Jesus, local de destaque pelo pólo industrial em desenvolvimento na margem do rio Kwanza. Seguindo pela estrada da barra do Kwanza, poderá desfrutar de um passeio à localidade da Muxima e visitar a Igreja de Nossa Senhora da Muxima e a Fortaleza da Muxima, datadas do século XVI. Para relaxar a província dispõe de praias no Ambriz, Pambala e Cabo Ledo. A praia de Cabo Ledo, dista quase a 160km a sul de Luanda, passando pelo Miradouro da Lua, pela ponte da barra do Kwanza, e pelo parque da Kissama. Ainda no Bengo, visite a barra do Dande, as lagoas da Kilunda na Funda, a cacuçaria no Panguila e a reserva florestal de Kimbinda.

Dados Gerais

O turismo encontra a sua maior expressão na existência de um parque de dimensão nacional, o da Quissama, a reserva especial do Mumbondo, a Coutada do Ambriz e extensas praias, sendo de destacar a da Pambala para além de outras áreas de interesse turístico.

A Província do Bengo é considerada como uma zona de interesse turístico prioritário onde acções de recuperação e reabilitação poderão ser iniciadas a curto prazo.Existem potencialidades para a criação de pólos de desenvolvimento turístico nas Barras dos rios, Kwanza, Bengo, Dande, Onzo e Loge. Turismo de natureza cultural ao visitar a Igreja da Nossa Senhora da Muxima e Fortaleza da Muxima. A Província do Bengo dispõe também de praias de grande beleza natural, nomeadamente na Barra do Dande, Cabo Ledo e Pampala.

Agropecuária

Em 2006 foram cultivados 61.039 hectares de terra, dos quais 13.104 hectares pelo sector empresarial e 47.935 hectares pelo sector camponês, afectando um grupo alvo de 12.630 famílias camponesas e 412 pequenas e médias empresas agrícolas que resultou na produção de 264,3 toneladas sendo 64,5 produzidas pelo sector empresarial e 199,9 pelo sector camponês. Esta actividade ė assegurada por mais de 60 mil empresas agrícolas familiares, 400 pequenas e médias empresas agrícolas, 90 associações de camponeses e 7 cooperativas agrícolas.

No âmbito do repovoamento florestal, foram plantadas 60.000 espécies de árvores com destaque para as acácias americanas e rubras, casuarinas, mangueiras, cajueiros, nime e eucaliptos. Na província do Bengo existem 2 perímetros florestais com uma extensão de 42 hectares e mais de 3. 000 plantas.

A Província conta neste momento com um número elevado de criadores, empresários e camponeses, cujo efectivo ronda as 30.000 cabeças de gado.

Os principais géneros de cultivo existentes na província são: Mandioca; citrinos; Milho; Arroz; Batata Doce; Café; Cajú; Tabaco; Hortícolas; Feijões; Bambú; Amendoim; Rosa de Porcelana; Óleo Vera; Massangano

Pecuária

Os principais géneros de pecuária presentes na província são: Caprinos; Ovinos; Avicultura; Suínos.

No domínio da Piscicultura

Coexistindo com a exploração agrícola e pecuária, o potencial existente nas lagoas do Bengo pode ser explorado. A piscicultura nas águas interiores pode revelar-se de elevada importância económica e contribuir para a melhoria da dieta alimentar. Dado o seu rápido crescimento, e pelo facto de serem espécies fitófagas, as lagoas do Bengo estão particularmente vocacionadas para a exploração de espécies do género tilápia (vulgo Cacusso). Estas espécies nativas dos rios e lagos africanos permitem rendimentos elevados e a sua exploração quando associada à criação de patos e suínos torna-se ainda mais rentável.

No domínio das Pescas

A província do Bengo dispõe de uma orla marítima com cerca de 200 km em que, à semelhança do que ocorre em toda a costa do País, existe um conjunto de factores combinados de ventos correntes e ciclos térmicos que determinam uma elevada concentração de fitoplânctons densos que criam uma importante biomassa fundamentalmente constituida por espécies pelágicas.

No domínio Florestas

O Nordeste da Província do Bengo no município de Nambuangongo, e a designada área do triângulo, compreendendo os municípios de Bula Atumba, Pango-Aluquém e Quibaxe são cobertas por vastas áreas de floresta densa. O conflito militar permitiu uma renovação natural do âmbito florestal mas por outro lado, dificultou a manutenção, recuperação ou construção de novos acessos. Solucionado este constrangimento, é possível a partir de agora a instalação de indústrias relacionadas com a utilização dos recursos florestais. O valor comercial das espécies de madeira existentes no bengo é considerado de muito interesse. Dependendo do tipo de madeira, o valor médio ronda os 100/Usd/m3. Em espécies mais nobres o valor pode chegar facilmente aos 300 usd/m3.

INDUSTRIA

O actual parque industrial da província circunscreve-se nas actividades desenvolvidas na Comuna do Bom-Jesus pela Fábrica de refrigerantes da COCA-COLA, assim como no domínio da indústria extractiva nomeadamente exploração de gesso, asfalto e fosfato. Entretanto, regista-se já algumas acções que poderão despontar nos próximos tempos, nomeadamente no sector florestal com a implantação de uma serração em Caxito, no sector de materiais de construção a fábrica de tijolos em Catete, bem como nos domínios da indústria de transformação com a projectada construção da fábrica de secagem de carnes e ainda a produção e extracção de águas de mesa, e o engarrafamento de água mineral.
É também uma produtora de café. A pecuária está dirigida à bovinicultura de carne. Beneficiando de uma costa favorável, a pesca é praticada na Barra do Dande e no Ambriz (a norte) e no Cabo Lêdo (a sul).

Existem condições favoráveis à criação de pólos de desenvolvimento industrial nas zonas circundantes de Caxito, Catete, Bom Jeus e Ambriz. São zonas urbanas onde existe disponibilidade de mão-de-obra; são áreas que se situam nas proximidades de Luanda e poderão constituir factores de atracção ao retorno das populações aos seus locais de origem; Apresentam uma grande proximidade do principal centro consumidor; Terão, a curto/médio prazo abastecimento regular de energia eléctrica e água.

Pesca: artesanal nos Municípios de Ambriz, Dande e Kissama. Nas mesmas áreas e incluindo o Município de Icolo e Bengo, regista-se a pesca nas zonas lacustres e nos diversos rios aí existentes.

Materiais de Construção, minerais - caulino, gesso, asfalto, calcário, quartzo, ferro, feldspato, enxofre, mica;

Projectos em Desenvolvimento

Breve descrição dos vários projectos que estão a ser desenvolvidos na província:

Reabilitar, expandir e construir as infra-estruturas sociais que garantam aos cidadãos o acesso à saúde e ao ensino, tendo em conta as restrições impostas pela escassez dos recursos disponíveis;

Reabilitar a rede de comunicação rodoviária (recelagem e terraplanagem)

Aquisição e instalação de grupos geradores, melhoria e expansão das redes de distribuição de energia)

Reabilitação e expansão dos sistemas de distribuição de água;

Criação de condições de acesso às áreas produtivas ou onde se localizem (ou onde existem condições favoráveis para a sua constituição) iniciativas empresariais com particular destaque para as zonas de produção do café e outros bens alimentares provenientes da actividade agrícola;

Criação das condições que propiciem o desenvolvimento humano integrado das comunidades locais;

Promover, no quadro das limitações existentes, o bem-estar social e económico das populações

Aumentar o número de alunos a ingressar no sistema de ensino;

Melhorar e garantir a acessibilidade dos cidadãos à assistência médica e medicamentosa;

Alcançar condições de melhor transitabilidade de pessoas e bens entre áreas estratégicas da província, bem como facilitar o processo de retorno dos deslocados às suas áreas de origem; aos agentes económicos, as condições básicas de apoio e fomento ao melhor desempenho da sua actividade

Melhorar e expandir os sistemas de distribuição de energia e água às populações.

Oportunidades de Negócio

De entre as potencialidades para o desenvolvimento são aspectos relevantes, para além dos recursos naturais e humanos, a consolidação da autoridade do estado e a sua renovada capacidade de intervenção na sociedade, chamando a si a tarefa de materializar projectos de grande dimensão e impacto capazes de criar as condições estruturantes para um desenvolvimento económico e social.

O actual parque industrial da província circunscreve-se nas actividades desenvolvidas na comuna do Bom-Jesus pela fábrica de refrigerantes da Coca-Cola, assim como no domínio da indústria extractiva nomeadamente exploração de gesso, asfalto e fosfato.

Entretanto, regista-se já algumas acções que poderão despontar nos próximos tempos, nomeadamente no sector florestal com a implantação de uma serração em Caxito, no sector de materiais de construção a fábrica de tijolos em Catete, bem como nos domínios da indústria de transformação com a projectada construção da fábrica de secagem de carnes e ainda a produção e extracção de águas de mesa, e o engarrafamento de água mineral.

Entretanto, outros recursos continuam por explorar nomeadamente, ouro, manganês diamantes, etc. Este sector caracteriza-se ainda por uma limitada representação de instituições bancárias resumindo-se neste momento pelos Bancos BPC e Banco Sol que dispõem de uma dependência cada em Caxito. Nos restantes municípios não se faz sentir esta actividade.

Por fraca capacidade técnica e falta de cultura empresarial de alguns empresários os mecanismos de financiamento promovidos pelo FDES desempenham ainda um reduzido papel no contexto da actividade económica que se desenvolve (ou perspectiva desenvolver) na província. Desde a sua institucionalização, este fundo só financiou projectos na ordem dos USD 1.898.599,20 a quatro (4) empresas no conjunto de mais de 350 existentes, empregues nos sectores de extracção de burgau, produção de carne seca e actividade agro-pecuária.

A actividade piscatória artesanal marítima ocorre nos municípios de Ambriz, Dande e Kissama. Nas mesmas áreas e incluindo o município do Icolo e Bengo, regista-se a pesca nas zonas lacustres e nos diversos rios aí existentes.

A dimensão da Província, os seus recursos naturais e as productividades actuais de exploração dos produtos tradicionais que constituem a base alimentar das populações, oferecem um vasto conjunto de possibilidades de intervenção dos agentes económicos privados, quer no sentido da modernização da actividade agrícola, quer no sentido da intensificação da exploração de outros recursos disponíveis na Província.

Saúde

A província conta com uma rede sanitária composta por 9 hospitais, 10 centros e 109 postos de saúde com capacidade de internamento para 500 pessoas.

Actualmente, em termos de pessoal médico nacional, a Província conta com 18 médicos, 6 técnicos superiores de enfermagem, 650 enfermeiros, 97 técnicos de diagnóstico e terapêutica. Quanto à cooperação estrangeira, a nível do hospital provincial, pode-se contar com 18 médicos estrangeiros, sendo 7 Coreanos e 17 Vietnamitas. Do universo dos 36 médicos, entre nacionais e estrangeiros, a província do Bengo acaba por ter só um médico por 14.000 habitantes.

A situação epidemiológica na província do Bengo é essencialmente agrícola e com condições ecológicas propícias ao desenvolvimento de vários vectores de doenças tropicais devido à glossina, ao mosquito, aos caracóis da bilharziose para além das tradicionais moscas domésticas, baratas e roedores. Neste quadro, as doenças mais frequentes são a malária, a tuberculose, a lepra, a tripanossomíase, a shistossomíase, o HIV/SIDA, as doenças respiratórias agudas, as doenças diarréicas e a blenorragia.